O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) promoveu, em julho, atividades em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional da Mulher Negra Brasileira, comemorados em 25 de julho. As ações foram coordenadas pelo Comitê de Diversidade e realizadas em Cândido Mendes e na capital maranhense.
Atividades aconteceram em Cândido Mendes e São Luís
Com o tema “Nossos passos vêm de longe e seguimos projetando futuros”, as ações ocorreram na Comunidade Quilombola São José dos Portugueses, em Cândido Mendes, e em São Luís, na 2ª Vara da Mulher, na Escola Superior da Magistratura (Esmam) e na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
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| Foto: TJMA |
A coordenadora do Comitê de Diversidade, juíza Elaile Silva Carvalho, destacou a relevância da data.
"Julho nos lembra que a luta das mulheres negras é ancestral, necessária e transformadora: é tempo de reconhecer, valorizar e garantir voz, vez e poder a quem sempre resistiu", afirmou.
Ato simbólico em comunidade quilombola de Cândido Mendes
Na comarca de Cândido Mendes, ocorreu uma roda de conversa na Colônia dos Pescadores da Comunidade Quilombola São José dos Portugueses, reunindo cerca de 65 pessoas. A ação foi coordenada pela juíza Luana Santana, que enfatizou a importância de levar esse diálogo para as comunidades tradicionais.
"Foi um momento de fortalecimento de identidades e autoestima, além de inspiração para a comunidade que luta por direitos, por equidade racial e por uma sociedade mais justa", disse.
O evento contou com parceria da Secretaria Municipal de Cultura de Cândido Mendes e buscou promover reflexões sobre ancestralidade, valorização cultural e combate ao racismo.
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| Foto: Comitê de Diversidade/Divulgação |
Encontro na Casa da Mulher Brasileira
No mesmo dia, em São Luís, o Comitê de Diversidade realizou atividade na Sala de Audiência da 2ª Vara da Mulher, na Casa da Mulher Brasileira. O encontro foi conduzido pelas servidoras e integrantes do Comitê, Bianca Bezerra e Joseane Cantanhede, que discutiram os desafios das mulheres negras no mercado de trabalho e na sociedade.
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Origem da data
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi criado em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana.
A data simboliza a luta contra o racismo, o machismo e as desigualdades sociais enfrentadas por mulheres negras em toda a América Latina.
No Brasil, também marca o Dia Nacional da Mulher Negra, em homenagem a Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII.
Canal de denúncias do TJMA
O TJMA mantém um canal exclusivo para denúncias de racismo no âmbito do Poder Judiciário. Vítimas ou testemunhas de discriminação racial podem registrar ocorrências pelo portal do TJMA.